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Lendas Amazônicas: Mitos e Mistérios da Floresta


A Amazônia, com sua vasta e misteriosa floresta, é um celeiro de lendas e mitos que refletem a rica cultura e a imaginação dos povos que habitam essa região. Entre as histórias mais fascinantes estão as lendas do Boto Cor-de-Rosa, do Mapinguari, do Curupira e da Cobra Grande. Essas narrativas não apenas entretêm, mas também carregam significados profundos e explicações para fenômenos naturais e sociais. Vamos explorar cada uma dessas lendas.


Desenho representando uma mulher em meio a mata e as lendas da Amazônia
Fonte: https://www.notibras.com/site/lendas-e-misterios-da-amazonia-deixam-todos-encucados/

Boto Cor-de-Rosa


A lenda do boto-cor-de-rosa é uma das mais conhecidas na região amazônica. Segundo a tradição, o boto, um golfinho de água doce, transforma-se em um homem belo e sedutor durante as festas ribeirinhas.


Representação de um homem sentado a beira do rio observando o boto
Fonte: https://fantasia.fandom.com/pt/wiki/Boto-Cor-de-Rosa

Vestido de branco e usando um chapéu para esconder suas narinas, o boto seduz mulheres jovens e bonitas, engravidando-as antes de retornar ao rio. Algumas narrativas afirmam que o boto se transforma durante qualquer festa nas comunidades ribeirinhas, enquanto outras sustentam que a metamorfose ocorre apenas na lua cheia do mês de junho, durante as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro. O filho cresce sem pai, e essa lenda foi frequentemente usada para explicar casos de gravidez fora do casamento, filhos que nascem sem pais e, talvez, casos de incesto.


 

Mapinguari


O Mapinguari, uma entidade da floresta amazônica, é descrito como uma criatura semelhante a um grande macaco, com o corpo coberto de pelos, um olho só e uma boca que se estende do peito até a barriga, o que lhe dá uma aparência assustadora. O Mapinguari exala um cheiro forte que atordoa suas vítimas, tornando-as presas fáceis. Quando devora suas vítimas, ele começa pela cabeça. A lenda diz que o Mapinguari é imune a balas, exceto em seu umbigo, e que teme apenas a preguiça.


Mapinguari atrás de uma árvore observando o entorno
Fonte: https://portalconteudoaberto.com.br/clique-literario/conheca-a-historia-do-mapinguari-a-criatura-mitica-que-habita-as-profundezas-da-floresta-amazonica/#google_vignette

Curupira


Representação do Curupira com arco e flecha em mãos, pronto para atirar em proteção à floresta
Fonte: https://www.conexaolusofona.org/curupira-protetor-para-uns-vilao-para-outros/

O Curupira é o guardião da floresta, conhecido por seus cabelos vermelhos e pés virados para trás. Cada versão da lenda pode mudar sua aparência, mas independentemente de sua forma, a crença em sua força sobrenatural é unânime. Ele protege a floresta punindo aqueles que a destroem por prazer. Os indígenas costumam oferecer presentes como flechas e cachaça para apaziguar o Curupira.



Cobra Grande


A lenda da Cobra Grande, também conhecida como Boiúna ou Boiaçu, que significa cobra negra ou grande, é muito influente entre as populações dos estados com floresta Amazônica, especialmente as ribeirinhas, que vivem nas margens do Rio Amazonas e seus afluentes. Há relatos de que a origem dessa lenda é indígena e provavelmente surgiu na própria região amazônica. Reza a lenda que a Boiúna, uma cobra escura e furiosa que pode chegar até 45 metros, vive nas profundezas do rio e, para se alimentar, pode virar embarcações e devorar as pessoas que caem na água.


A Cobra Grande também pode ser responsável por criar parte dos rios, pois ao se rastejar, deixava sulcos gigantescos na terra que, com o tempo, se transformaram em rios caudalosos, como o Amazonas.


Desenho representando uma cobra debaixo do chão e embaixo de uma igreja em um vilarejo
Fonte: https://www.todamateria.com.br/lenda-da-cobra-grande/

Outra versão da lenda, ouvida por moradores de vários estados da região Amazônica, é que existe uma cobra morando embaixo de um determinado local, normalmente uma igreja, e que pode acordar a qualquer momento.


Vale lembrar que a região da floresta amazônica é habitat de muitas cobras grandes, como as sucuris, também chamadas de anacondas.



Músicas do folclore


"Boto Tucuxi" do grupo de Rondônia Minhas Raízes




Mapinguari da toada do boi-bumbá Garantido de 1997




Curupira do grupo rondoniense Minhas Raízes




"Cobra Grande" também do grupo Minhas Raízes



"O Grupo Minhas Raízes, formado em 2005, surgiu como um coral de crianças da comunidade rural de Nazaré – ilha que só se chega via fluvial ou aérea, distrito que fica às margens do Rio Madeira e faz parte do município de Porto Velho."

Fonte: Rádio Senado



Texto escrito por Fabiana Mercado

Pós graduada em Comunicação e Marketing Digital, formada em Publicidade e Propaganda, acumula mais de 9 anos na área, colunista do Zero Águia, curiosa, preza o respeito a todas as pessoas independente de características. Nas horas vagas pratica corridas com o apoio da equipe Superatis. Adora conhecer novas pessoas e lugares, ama viajar e possui um projeto denominado Desbravando Capitais com o marido para morar e vivenciar durante um mês em todas as capitais brasileiras nos próximos anos.




Revisão por Eliane Gomes

Edição por Felipe Bonsanto

 

FONTES:











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