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Influenza e Ômicron: a nova fase da pandemia

Atualizado: 1 de set. de 2022

Entramos em 2022 com um novo desafio pela frente, o surgimento de uma variante extremamente infecciosa do Corona Vírus, a Ômicron e o aparecimento de uma variante do tipo A da gripe Influenza, a H3N2. O que esperar das próximas semanas?

Imagem contém duas representações digitais, à esquerda uma representação em cinza e vermelho do Corona Vírus e à direita uma representação em cinza e tons de azul do Vírus Influenza Tipo A.
Representação do Corona Vírus e do Vírus Influenza Tipo A.

A variante ômicron está se espalhando rapidamente pelo mundo, no entanto, diferente de outras variantes que atingiram a população quando as taxas de vacinação eram menores, agora o índice de hospitalizações e de óbitos tem se mostrado menor —e, em alguns casos, sintomas mais leves têm se mostrado semelhantes a resfriado ou gripe.


Mas por que sintomas mais leves? E por que o contágio é mais rápido? O que torna esta variante tão diferente das anteriores?


De acordo com o pesquisador Carl Zimmer, que escreve para o New York Times, a variante Ômicron funciona de uma maneira fundamentalmente diferente de outras variantes. Por exemplo, digamos que você seja infectado pela variante Delta, ela irá entrar primeiro pelo nariz, se estabelece lá, e então começa a se multiplicar e se espalhar pelas vias aéreas.


Caso o vírus entre em seus pulmões, poderá causar cicatrizes e dificuldade para respirar. Ele pode vazar dos pulmões para outro lugar, causar outras doenças realmente graves e, potencialmente, a morte.


No entanto a Ômicron faz um péssimo trabalho de se multiplicar nos pulmões. Desta foma, quando os cientistas analisam os animais testados positivamente para Covid-19, o vírus não está nos pulmões. Os pulmões geralmente não estão danificados e, portanto, é uma diferença realmente impressionante em relação às outras variantes.


Por outro lado, se você observar as células retiradas do revestimento das narinas, descobrirá que a variante Ômicron é realmente eficiente em infectá-las. Então, o que podemos estar observando é um vírus que está se especializando mais nas vias aéreas superiores, onde geralmente se manifestam doenças mais leves. Também está em um bom lugar para se espalhar para a próxima pessoa, porque está bem ali no nariz e pronto para se multiplicar.

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Gráfico de expansão da Variante Ômicron, retirado do site do New York Times, atualizado em 16 de Janeiro.


Influenza Tipo A, Variante H3N2


Por outro lado, o aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no último trimestre deste ano tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A (H3N2), batizada de Darwin.


Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves.

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O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A (H1N1) e o A (H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadiga.


O vírus H3N2 é uma variante do vírus Influenza A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados, sendo facilmente transmitido entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra.


Os sintomas são febre alta no início do contágio, inflamação na garganta, calafrios, perda de apetite, irritação nos olhos, vômito, dores articulares, tosse, mal-estar e diarreia, principalmente em crianças.


Pelo fato de o influenza ser um vírus respiratório, assim como o que causa a Covid-19, a prevenção contra ele ocorre da mesma forma, ou seja, com distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos.


O período de incubação do vírus H3N2 é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação.


Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias.


A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre.

Fontes:





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